As crianças




Duas desgraças abateu a sociedade moderna sobre as crianças. A sua sexualização, com vista aos lucros irrecusáveis da indústria da publicidade (ou do entretenimento), que não estabelece limite laboral de idade, na qual o trabalho infantil não é crime, e é inclusive consensualmente arrogado como fofinho.  E a inculcação de papéis sociais estereotipados. Uma menina é uma menina, um menino é um menino, quando a moderna ciência mandou essa bafienta opinião às urtigas. A fecundação já não determina o género, após a saída da vagina, a crianças escolhe o seu sexo consoante as suas perspetivas de emprego.

É o charme indiscreto da burguesia que trava a implantação da sociedade perfeita que habita nas mentes ilustradas da sociedade atual. Mormente, da esquerda crochet, aqueles que, do sofá, tecem iluminados raciocínios, ou da esquerda venérea, aquela que, maravilhada com novas sexualidades, trocou a economia, como infraestrutura, pelos brinquedos sexuais, como a ventura.

“Não, camaradas. Não devemos voltar as costas às posições da burguesia, mas atacá-las! Não devemos deixar à burguesia as suas posições, mas expugná-las passo a passo, e delas expulsar a burguesia! Somente homens que constroem castelos no ar não podem compreender esta simples verdade!”

Estaline

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