Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2023

Martinho Lutero

Imagem
“A palavra e as obras de Deus são bem claras, que as mulheres foram feitas para serem esposas ou prostitutas.” Martinho Lutero O contexto Este comentário de Lutero foi escrito em 1523, num tratado destinado a defender o casamento cristão contra o celibato e a promover a liberdade de casar ou não casar. Lutero percorreu 1 Coríntios 7, um dos principais textos-prova usados por aqueles a favor do celibato sacerdotal. Na verdade, o tratado foi dedicado ao casamento de um amigo, um casamento que o próprio Lutero celebrou. Lutero declara a sua intenção: Assumi a responsabilidade de interpretar o sétimo capítulo da Primeira Epístola de São Paulo aos Coríntios - faço isso como um serviço a si e como uma ajuda para todos aqueles que gostam dela. A minha razão para esta escolha é que este mesmo capítulo, mais do que todos os outros escritos de toda a Bíblia, foi deturpado para frente e para trás para condenar o estado de casado e ao mesmo tempo para dar uma forte aparência de santidade ao perigo

Adultos – Vladimir Maiakovski

Imagem
Os adultos fazem negócios. Têm rublos nos bolsos. Quer amor? Pois não! Ei-lo por cem rublos! E eu, sem casa e sem teto, com as mãos metidas nos bolsos rasgados, vagava assombrado. À noite vestis os melhores trajes e ides descansar sobre viúvas ou casadas. A mim Moscou me sufocava de abraços com seus infinitos anéis de praças. Nos corações, no bate o pêndulo dos amantes. Como se exaltam as duplas no leito do amor! Eu, que sou a Praça da Paixão, surpreendo o pulsar selvagem do coração das capitais. Desabotoado, o coração quase de fora, abria-me ao sol e aos jatos díágua. Entrai com vossas paixões! Galgai-me com vossos amores! Doravante não sou mais dono de meu coração! Nos demais - eu sei, qualquer um o sabe! O coração tem domicílio no peito. Comigo a anatomia ficou louca. Sou todo coração - em todas as partes palpita. Oh! Quantas são as primaveras em vinte anos acesas nesta fornalha! Uma tal carga acumulada torna-se simplesmente insuportável. Insuportável não para o v

O amor – Vladimir Maiakovski

Imagem
Um dia, quem sabe, ela, que também gostava de bichos, apareça numa alameda do zoo, sorridente, tal como agora está no retrato sobre a mesa. Ela é tão bela, que, por certo, hão de ressuscitá-la. Vosso Trigésimo Século ultrapassará o exame de mil nadas, que dilaceravam o coração. Então, de todo amor não terminado seremos pagos em inumeráveis noites de estrelas. Ressuscita-me, nem que seja só porque te esperava como um poeta, repelindo o absurdo quotidiano! Ressuscita-me, nem que seja só por isso! Ressuscita-me! Quero viver até o fim o que me cabe! Para que o amor não seja mais escravo de casamentos, concupiscência, salários. Para que, maldizendo os leitos, saltando dos coxins, o amor se vá pelo universo inteiro. Para que o dia, que o sofrimento degrada, não vos seja chorado, mendigado. E que, ao primeiro apelo: – Camaradas! Atenta se volte a terra inteira. Para viver livre dos nichos das casas. Para que doravante a família seja o pai, pelo menos

A Serguei Iessienin – Vladimir Maiakovski

Imagem
Você partiu,                  como se diz,                                     para o outro mundo. Vácuo. . .              Você sobe,                              entremeado às estrelas. Nem álcool,                  nem moedas. Sóbrio.            Voo sem fundo. Não, lessienin,                       não posso                                      fazer troça, - Na boca              uma lasca amarga                                         não a mofa. Olho -           sangue nas mãos frouxas, você sacode                   o invólucro                                  dos ossos. Sim,        se você tivesse                              um patrono no "Posto" - [ alusão à revista Na Postu, da RAPP – Associação Russa de Escritores Proletários ] ganharia             um conteúdo                                bem diverso: todo dia             uma quota                            de cem versos, longos           e lerdos,                        como Doronin

De Transfiguração – Serguei Iessienin

Imagem
Ei, russos! Pescadores do universo, Na rede da aurora colhendo o céu – Troai as trompas! Sob a charrua do raio Ruge a terra. Rompe as rochas com presas douradas limite. Novo semeador Erra pelos campos Novas sementes Arroja aos sulcos. Um hóspede-luz Vem num coche. Corre entre as nuvens Uma égua Sela da égua – Azul. Sinos da sela – Estrelas. 1917 Foto: Georgia , tcc Polina K. / Polina Kadynskaya / Susza / Susza K / Viva, 1,72 m, 53 kg, 89-61-91, olhos azuis, cabelos castanhos, nascida a 1 de abril de 1995 na Federação Russa.

Serguei Iessienin “Estou a andar pelas ruas, cabisbaixo, rumo / à taverna mais próxima, para um copo ou dois”

Imagem
O Partido bolchevique interessou-se sobremaneira pelo tema da arte, especialmente sobre a vinculação entre arte e propaganda e arte e instrução, por isso criou o Narkompros, o Comissariado do Povo para a Instrução Pública. Carecendo de meios modernos de comunicação, o uso de cartazes e pinturas em todo lugar possível e imaginável, com fins de propagandear os valores da revolução, garantia certa liberdade aos artistas da época. Com Anatoli Lunatcharski à frente do Narkompros, a individualidade e criatividade dos artistas eram encorajadas. O Narkompros estimulava o desenvolvimento de novas tendências artísticas, e houve então toda uma reformulação do sistema oficial de ensino artístico. Bastante democrático, o Narkompros não se colocava nem do lado dos adeptos da implantação imediata de uma cultura proletária, nem daqueles que defendiam a aceitação da cultura burguesa. No entanto o Comissariado devia prestar contas ao governo soviético, e já naquele contexto inicial o governo bolchevique

Ford Mustang 1967

Imagem
“Se o dinheiro for a sua esperança de independência, você jamais a terá. A única segurança verdadeira consiste numa reserva de conhecimento, de experiência e de competência.” Henry Ford Foto: Tiffany Tatum , tcc Enzio Ricci, 1,65 m, 52 kg, 86-58-86, sapatos 36, olhos azuis, cabelos loiros, nascida a 14 de agosto de 1997 em Budapeste.

Amo – Vladimir Maiakovski

Imagem
COMUMMENTE É ASSIM Cada um ao nascer traz sua dose de amor, mas os empregos, o dinheiro, tudo isso, nos resseca o solo do coração. Sobre o coração levamos o corpo, sobre o corpo a camisa, mas isto é pouco. Alguém imbecilmente inventou os punhos e sobre os peitos fez correr o amido de engomar.  Quando velhos se arrependem. A mulher se pinta. O homem faz ginástica pelo sistema Muller. Mas é tarde. A pele enche-se de rugas. O amor floresce, floresce, e depois desfolha. Foto : Caroline Abel , 1,65 m, 50 kg, 91-61-94, olhos azuis, cabelo loiro, nascida a 3 de setembro de 1998 na Ucrânia.