Pesquisa

Quando se escreve na janela de busca do Google Chrome, “pornstars holding bread”, os resultados, à primeira vista, parecem inapropriados, se enquadrados na indignativa onda pela proteção de crianças, que varreu a sociedade no final do século passado.

Numa observação mais compreensiva, logo se apreende que Google, através de algum algoritmo não divulgado, é capaz de mostrar os resultados do futuro. Porque muitas das jovens nestes resultados, ou todas, se acreditarmos na eficácia da tecnologia informática, enveredarão pelo porno, uma carreira gratificante pessoal e financeiramente.

Algumas seguirão a profissão no porno clássico, no cinema, mas a sociedade moderna disponibilizou algo muito mais abrangente de todas as idades, o ciberporno. No ciberporno, não há a limitação da maioridade, desde qualquer idade, podem auferir largos proventos desta prostituição friendly. Friendly, porque é contactless. Não há interação entre corpos. 

A prática do ciberporno requer apenas uma webcam. O resto será promoção de produtos por crianças, ou ginástica corporal especializada para as mais crescidas. E há plataformas para promoção pessoal, como o Instagram, no qual são publicitados os atributos, orientando depois para os sites onde é feita a monetarização.  

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